Componentes do sistema de freios sofrem naturalmente com o desgaste natural, mas a vida útil está diretamente relacionada ao modo de utilização.
Os componentes do sistema de freios sofrem efeitos do desgaste natural: mais cedo ou mais tarde, pastilhas, lonas, discos e fluido terão que ser trocados. Ocorre que vida útil dessas peças pode variar muito, em função, principalmente, do modo como são utilizados pelo motorista. Veja o que pode causar consumo acelerado de tais itens e descubra se você está entre os condutores que costumam detonar os freios:
Às vezes, uma situação inesperada no trânsito pode exigir uma frenagem brusca. Mas esse tipo de situação deve ser exceção, e não regra. Frear intensamente com frequência causará desgaste precoce de discos e pastilhas, fazendo com que eles precisem de substituição mais cedo. De quebra, a vida útil dos pneus também será menor.
práticas ao volante que costumam detonar os freios
Quando o material de atrito chega ao fim, se faz necessária a instalação de novas pastilhas. Porém, há quem protele a substituição para além do limite, prática que faz com que seja necessário trocar também os discos: afinal, nesses casos, as porções metálicas das próprias pastilhas começam a danificá-los intensamente. Isso sem falar na diminuição da capacidade de frenagem e consequente risco de acidentes.
Andar com o carro muito pesado sobrecarrega o sistema de freios, fazendo-o trabalhar com mais intensidade e em temperaturas mais elevadas. O resultado é a abreviação da vida útil dos componentes, em especial das pastilhas. É questão de física: quanto mais massa, maior será o esforço necessário para imobilizá-la. Consequentemente, mais rápido o motorista vai detonar os freios. Além disso, exceder a capacidade do veículo também traz riscos à segurança.
Descer engrenado é um princípio básico da direção defensiva, mas muitas pessoas abusam da banguela. Essa prática cobra, literalmente, um preço: é ótima para detonar os freios, reduzindo a vida útil do conjunto. Afinal, em tais situações, ele precisa fazer mais esforço até parar o carro. Isso vale para modelos com câmbio manual, mas até as transmissões automáticas atuais, que têm muitos dispositivos eletrônicos, já simulam o efeito do freio-motor em algumas situações.
O fluido de freio é higroscópico, ou seja, absorve umidade. É por isso que ele precisa ser trocado com determinada frequência, que vem prescrita no manual do proprietário. Quando está contaminado por água, mesmo que em quantidade muito pequena, a temperatura de ebulição cai drasticamente e o fluido pode até ferver em uma situação mais severa. Por isso, o reservatório precisa estar sempre muito bem fechado.
Fonte: AutoPapo