O Sistema Start-Stop é uma tecnologia automotiva que desliga automaticamente o motor após alguns segundos da parada do veículo e volta a ligá-lo, também automaticamente quando se pretende voltar a movimentar o veículo. O intuito deste sistema é a redução da emissão de gás carbônico (CO2) e a redução no consumo de combustível.
As primeiras implementações do sistema surgiram em meados da década de 70, em decorrência da elevação de preços do petróleo, mas não tiveram êxito (naquela época ainda não existia ainda a injeção eletrônica, e por isso os motores demoravam a ligar ou apresentavam muitas falhas). Em 2004, graças às evoluções tecnológicas, surgiu uma nova implementação do sistema feita pela Valeo para equipar o Citroën C3, a qual acabou caindo no gosto do mercado.
O Start-Stop é baseado geralmente no sistema de partida convencional, que tem como principais alterações a introdução de um motor de partida mais robusto e uma central eletrônica para gerenciar o sistema e entender quando o motor tem que desligar ou ligar. Esse é o tipo de sistema do gênero mais utilizado atualmente, por ser o de menor custo no desenvolvimento, fabricação e implantação.
Para que o sistema possa entrar em funcionamento existem algumas regras entendidas pela central eletrônica. O veículo precisa estar parado e com a rotação do motor em marcha lenta. No caso de carro com câmbio manual, o pedal da embreagem deve estar solto e nenhuma marcha engatada, já para automóveis com transmissão automática o freio deve estar pressionado. A temperatura ambiente e do motor devem estar dentro do normal. Geralmente ao se parar o veículo, e cumpridas essas regras, o motor se desliga automaticamente e fica no modo de espera. O motor irá voltar a se ligar quando for pressionada a embreagem novamente (veículos manuais), ou solto o pedal do freio (veículos automáticos). Paradas em ladeiras mais íngremes fazem o veículo perceber a inclinação e não desligar o veículo por motivo de segurança. Alguns sistemas também conseguem perceber que o veículo está em manobra, como balizas por exemplo, e não deixa o carro se desligar ao parar.
Durante a parada do veículo, todo o sistema elétrico continua funcionando perfeitamente. Em alguns modelos, somente o ar-condicionado para de gelar e entra em modo ventilação enquanto o carro está desligado. Já em outros, o ar-condicionado continua ativado desde que a temperatura externa esteja acima de determinado grau.
No Brasil, o sistema chegou com o pequenino Smart Fortwo, e em alguns modelos de BMW e Audi. Hoje o sistema já está presente na maioria dos carros de luxo importados assim como em alguns dos premium nacionais, mas já é oferecido também em veículos populares como Fiat Uno e Renault Sandero.
Algumas pessoas que possuem o veículo com o sistema acabam desligando por se sentirem desconfortáveis com o pequeno “lag” entre soltar o freio e o veículo arrancar, ou pela pequena trepidação da partida do motor, ou até mesmo por dificultar quando se necessita arrancar mais forte num semáforo. Já outras pessoas deixam de comprar veículos com o sistema achando que terão de trocar bateria com mais constância ou o motor de partida dará problema com maior frequência, o que exigiria mais gastos com manutenção.
Mas a realidade é de que o sistema traz consigo uma adequação na parte elétrica do veículo, assim como um motor de partida mais robusto e baterias especiais do tipo AGM (com separadores de fibra de vidro, mais resistentes e duráveis que as comuns). Isso tudo para gerar nenhuma dor de cabeça ao proprietário. Para quem utiliza o veículo, além de estar contribuindo para a redução de emissão de poluentes, pode economizar combustível na sua conta mensal em 3% a 10% dependendo do uso do veículo e tipo de trajeto (maior resultado em trânsitos mais travados).
Fonte: passecarros