Sábado foi eleito o dia nacional de se lavar automóvel. O carro estacionado no jardim ou no passeio, seu dono de short, sandália e camiseta, a “loura gelada” do lado, mangueira d’água, xampu, pano, aspirador para os carpetes… Nenhum problema. Além de deixar o carro limpo, funciona como um ótimo relaxante. Só tem um (grande) inconveniente: tem gente que adora abrir também o capô e lavar o motor e sua região próxima, para deixar tudo limpinho e brilhando, e não hesitam em esguichar um belo jato de água, nem um pouco recomendável.
Por quê? Água pressurizada na região do motor pode provocar danos irremediáveis. Tanto na eletrônica quanto no saldo bancário.
Ao contrário de vinte ou trinta anos atrás, quando dificilmente se danificava alguma coisa, este espaço foi o que recebeu a maior parte da gigantesca parafernália eletrônica que equipa atualmente os automóveis. Além da central eletrônica, tem módulo, relê, comandos, acionadores e uma pilha de outros componentes.
Hoje, o problema de se lavar o motor é a possibilidade de entrarem gotículas de água dentro da central eletrônica. A oxidação pode não ser imediata, mas, passados alguns dias, o motor se nega a pegar e o dono não faz nem ideia do que pode ter causado o problema. Sabe o que é? Ferrugem nas peças internas da central.
No passado, lavar o motor com mangueira d’água poderia, no máximo, molhar a parte interna do distribuidor e o carro imediatamente se recusava a pegar. Mas, bastava tirar a tampa do distribuidor e atacar com um bom fluxo de ar ou enxugar com um paninho o platinado e o rotor para não ter mais galhos. Hoje o “buraco é mais embaixo” e a central geralmente exige substituição completa ou, no mínimo, de vários de seus componentes. Um belo rombo no saldo bancário se o carro for nacional. Importado? Multiplique o rombo por três ou quatro!
Quer mesmo lavar o motor? Use um pano umedecido e nada mais!
Fonte: AUTOPAPO