Os motores do carros têm sido alvo de constantes avanços por parte das fabricantes, motivados pelas normas cada vez mais rígidas de emissões de poluentes. Cilindros, brunimento, camisas, cabeças dos pistões: todas essas peças estão melhores.
Antes, aos 200 mil quilômetros, quase todos os motores precisavam de retífica. “Hoje, eles rodam facilmente mais de 300 mil km com a manutenção correta e têm durabilidade semelhante à do veículo”, afirma o membro da comissão técnica de motores da SAE.
Mesmo assim, há contratempos que podem motivar uma retífica, como o calço hidráulico. Quando isso ocorre, a água que entra impede que o motor faça a compressão, empenando e até quebrando as bielas. No calço, o motor trava – ou seja, fica fácil perceber que houve algo errado.
Mas há problemas de desgaste das paredes dos cilindros, bielas e virabrequim, por exemplo, que requerem retífica e que não dão sinais tão simples. Nesses casos, o motorista deve ficar atento a dois sintomas básicos, que são perda repentina de potência e queima de óleo, a famosa fumaça branca que sai do escapamento.
Ruídos também são comuns quando alguma peça quebra dentro do propulsor. Mas é preciso tomar cuidado para não confundir com o barulho de detonação do motor, causado apenas pelo uso de combustível de má qualidade.
Os tipos mais comuns de retífica são do cabeçote (a mais complexa), bielas, virabrequim e a usinagem do bloco do motor. Os preços também variam de acordo com o serviço. Uma simples solda do bloco custa em média R$ 480, chegando a R$ 1.800 na retífica completa mais barata, que é a de uma Volkswagen Kombi, por exemplo, de conserto mais fácil.
Para motores maiores, como os a diesel da linha Sprinter, da Mercedes-Benz, o custo chega facilmente a R$ 6.800.
Fonte: Jornal do Carro
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