Ushuaia (Argentina), Cusco (Peru) ou Punta Arenas (Chile) são destinos bastante visados por motociclistas brasileiros que querem se aventurar em expedições internacionais de fim de ano.
Confira o que é exigido pelas autoridades de fronteira.
Antes de colocar o pé na estrada é preciso ficar atento com a documentação exigida — seja pessoal ou da própria motocicleta. Tenha em mente, ainda, que os trâmites nas aduanas podem levar horas, o que exige paciência.
De qualquer forma, estar precavido — seja com documentos em dia ou dinheiro para pagar licenças exigidas na hora da entrada — ajuda a cruzar as fronteiras e rodar com tranquilidade pela América do Sul. Veja as dicas:
Documentos pessoais
+Documento de identidade: o popular RG deve ter menos de cinco anos de emissão. Apesar de não ser necessário para ingressar nestes países, é aconselhável levar também o passaporte, que pode agilizar os trâmites nas aduanas.
+CNH: o Brasil é signatário da Convenção de Viena para Tráfego Rodoviário. Por isso nossa CNH (Carteira Nacional de Habilitação) tem validade em grande número de países.
+PID: uma opção para facilitar o contato com agentes de trânsito locais é levar a chamada PID (Permissão Internacional para Dirigir), aceita em mais de 100 países signatários da Convenção de Viena. A PID traduz a CNH em seis idiomas (inglês, espanhol, francês, alemão, árabe e russo) e tem a mesma validade. Pode ser obtida de forma online por meio dos Detran (departamentos de trânsito estaduais), e custa R$ 259,05.
+Seguro Pessoal de Viagem: Além do seguro de vida, o Seguro Pessoal de Viagem cobre situações de emergência como reembolso de despesas com hospitais, médicos, remédios e traslado. Pode ser contratado para piloto e garupa, a partir de R$ 300, por pessoa, com validade de 30 dias.
Documentos da moto
+CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos): é o documento de porte obrigatório dos veículos no Brasil e também para rodar pela América do Sul. Se a moto estiver alienada ou no nome de outra pessoa, é obrigatório levar uma autorização no nome do condutor, emitida pela financeira ou proprietário, com data de início e término da viagem e para quais países ela tem validade. Se estiver em nome de pessoa jurídica, além da autorização, deverá levar também o contrato social da empresa.
+Seguro Carta Verde: é um seguro obrigatório para quem transita pelos países do Mercosul. Pode ser obtido com a maioria das seguradoras, inclusive em escritórios de corretores nas fronteiras. Para uma viagem de 15 dias, o valor varia entre R$ 150 e R$ 250.
+Seguro com cobertura total: algumas montadoras já oferecem seguro para países da América do Sul, o que garante assistência técnica e até traslado da moto para o Brasil, caso necessário.
+Soat (exclusivo para a Colômbia): para entrar na Colômbia o motociclista deverá contratar o Soat, seguro que cobre danos corporais causados em acidentes de trânsito. A contratação poderá ser feita na própria aduana. O período mínimo de validade é de 30 dias.
No mais, não esqueça sempre de pesquisar sobre possíveis particularidades de cada país. Planejamento é a palavra de ordem para fazer uma viagem sem imprevistos.
Colaborou Rômulo Provetti, do site viagemdemoto.com.
Fonte: Seu Automóvel