Quando você sente muito calor, é provável que logo procure uma maneira de se refrescar, não é mesmo? Vale de tudo: usar uma roupa mais leve, ligar o ar condicionado ou mesmo tomar uma bebida bem gelada.
Assim como as altas temperaturas podem ser incômodas e até mesmo causar problemas de saúde para nós, o motor de um veículo também pode sofrer sérias consequências quando esquenta demais. Por isso, é fundamental que o sensor de temperatura esteja funcionando corretamente.
Neste post, você vai entender como funciona esse importante componente do seu carro e os melhores cuidados para evitar os problemas com ele. Acompanhe!
Esse sensor é um dos principais componentes do sistema de arrefecimento de um veículo. Sua função é analisar a temperatura do motor e do fluido em circulação durante o seu funcionamento e transmitir essa informação para o módulo de controle eletrônico do veículo.
Ele é constituído por um termistor cerâmico, que apresenta variação de sua resistência elétrica quando submetido a mudanças de temperatura. Assim, quando o calor do sistema aumenta, a resistência do sensor diminui e vice-versa.
As alterações na resistência do sensor causam variações também na sua tensão — é exatamente o que permite a identificação da temperatura exata do motor.
Além de identificar quando o calor começa a aumentar, esse sensor também é importante quando os componentes do motor ainda estão frios, já que o sistema de alimentação do motor depende da informação exata da temperatura.
As informações obtidas pelo componente são fundamentais para o funcionamento do sistema de injeção eletrônica. Ele define as melhores estratégias de alimentação de acordo com o funcionamento geral do veículo.
Quando um motor está em funcionamento, seus componentes internos se movimentam bem rápido, gerando atrito e, consequentemente, calor. Manter essa temperatura controlada é vital para garantir o seu bom funcionamento e resguardar sua vida útil.
De forma geral, o ideal é que ele trabalhe em temperaturas entre 80º C e 100º C, dependendo do modelo do veículo. Contudo, existem diversas situações que podem causar o superaquecimento do motor e, por isso, devem ser observadas com atenção pelos motoristas. Descubra, a seguir, as principais!
O liquido de arrefecimento tem o papel de conduzir o calor dos componentes por onde ele passa até o radiador. Para ter as propriedades necessárias a essa tarefa, ele deve ser formado pela proporção correta entre água desmineralizada e aditivo.
A ideia é que o líquido circule apenas dentro do sistema de arrefecimento, mas pequenas perdas podem ser observadas ao longo do tempo devido à evaporação. Porém, reduções constantes do nível podem indicar problemas de vazamento, fato que deve ser verificado o quanto antes.
A função do óleo lubrificante é reduzir o atrito entre as peças móveis do motor, como pistões, bielas e virabrequim. Ele também ajuda a manter o conjunto refrigerado, limpo e protegido contra corrosão.
Utilizar o tipo de óleo recomendado pela montadora e fazer as trocas no momento certo são práticas fundamentais para evitar o desgaste excessivo do motor e seu superaquecimento.
Quando a bomba d’água apresenta problemas, como ruídos ou vazamentos, ela pode provocar perda do líquido de arrefecimento. Isso causará o aquecimento do motor, aumentando os riscos de danificar seus componentes.
Aí vemos a importância do sensor de temperatura estar funcionando corretamente, pois, no caso de perda do líquido e aumento excessivo da temperatura, ele avisará ao condutor que há necessidade de parada imediata do veículo, evitando assim danos maiores ao motor.
Por esse motivo, procurar um profissional de confiança para realizar a substituição da peça é um cuidado que não pode ser adiado nessa hora.
A ventilação é recurso utilizado pelo sistema de arrefecimento em situações em que a temperatura tende a subir, como em casos de trânsito lento ou situações de paradas prolongadas, em que o veículo deixa de receber o ar frontal no radiador. Quando acontece o aumento da temperatura além do normal, um sensor aciona a ventoinha que provoca a troca de calor com o radiador.
Se houver algum problema para acionar a ventoinha, a temperatura do motor pode chegar a níveis arriscados para a integridade de seus componentes.
A válvula termostática impede a passagem do líquido de arrefecimento até o radiador enquanto o motor ainda está frio. Isso permite que a temperatura ideal de trabalho seja atingida de maneira mais rápida.
Mas se esse ela não se abrir no momento certo, o líquido quente ficará retido no interior do motor. Isso fará com que sua temperatura aumente, danificando todos os seus componentes.
Por outro lado, se a válvula termostática travar na posição aberta, o motor não conseguirá atingir a sua temperatura ideal de operação. Além de prejudicar o desempenho, vai aumentar o seu desgaste e o até mesmo o consumo de combustível.
Lembre-se também de que, ao contrário do que algumas pessoas pensam, a válvula termostática não deve ser removida do veículo sob nenhuma hipótese.
É preciso ter em mente que a vida útil desse componente é indeterminada. Porém, na maioria dos casos, a dica é verificá-lo a cada 30 mil km ou quando notar mudança de comportamento na temperatura indicada no painel.
Após esse período, o sensor pode começar a apresentar alterações nas medições, o que certamente prejudicará o funcionamento do sistema de arrefecimento e do motor. Se acontecer, as luzes do painel indicarão ao motorista a necessidade de procurar uma oficina.
Quando a substituição for necessária, o melhor é optar por componentes novos e de boa qualidade. Assim, você terá a certeza de escolher uma peça que garantirá o bom desempenho do seu veículo.
Para fugir de problemas prejudiciais ao sensor de temperatura e todo o sistema de arrefecimento do seu carro, o melhor é investir na prevenção. Esse é um cuidado bem mais simples, seguro e econômico do que adiar a verificação até precisar fazer uma intervenção corretiva.
Fonte: Nakata